quarta-feira, 19 de outubro de 2011

aristóteles - pensamento político

     


      Na filosofia aristotélica a política é um desdobramento natural da ética. Ambas, na verdade, compõem a unidade do que Aristóteles chamava de filosofia prática.
Se a ética está preocupada com a felicidade individual do homem, a política se preocupa com a felicidade coletiva da pólis. Desse modo, é tarefa da política investigar e descobrir quais são as formas de governo e as instituições capazes de assegurar a felicidade coletiva. Trata-se, portanto, de investigar a constituição do estado.
      Acredita-se que as reflexões aristotélicas sobre a política originam-se da época em que ele era preceptor de Alexandre, o Grande.
      A política aristotélica é essencialmente unida à moral, porque o fim último do estado é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto dos meios necessários para isso. O estado é um organismo moral, condição e complemento da atividade moral individual, e fundamento primeiro da sup rema atividade contemplativa. A política, contudo, é distinta da moral, porquanto esta tem como objetivo o indivíduo, aquela a coletividade. A ética é a doutrina moral individual, a política é a doutrina moral social. Desta ciência trata Aristóteles precisamente na Política, de que acima se falou.
      O estado, então, é superior ao indivíduo, porquanto a coletividade é superior ao indivíduo, o bem comum superior ao bem particular. Unicamente no estado efetua-se a satisfação de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social, político, não pode realizar a sua perfeição sem a sociedade do estado.
      Visto que o estado se compõe de uma comunidade de famílias, assim como estas se compõem de muitos indivíduos, antes de tratar propriamente do estado será mister falar da família, que precede cronologicamente o estado, como as partes precedem o todo. Segundo Aristóteles, a família compõe-se de quatro elementos: os filhos, a mulher, os bens, os escravos; além, naturalmente, do chefe a que pertence a direção da família. Deve ele guiar os filhos e as mulheres, em razão da imperfeição destes. Deve fazer frutificar seus bens, porquanto a família, além de um fim educativo, tem também um fim econômico. E, como ao estado, é-lhe essencial a propriedade, pois os homens têm necessidades materiais. No entanto, para que a propriedade seja produtora, são necessários instrumentos inanimados e animados; estes últimos seriam os escravos.
        Aristóteles não nega a natureza humana ao escravo; mas constata que na sociedade são necessários também os trabalhos materiais, que exigem indivíduos particulares, a que fica assim tirada fatalmente a possibilidade de providenciar a cultura da alma, visto ser necessário, para tanto, tempo e liberdade, bem como aptas qualidades espirituais, excluídas pelas próprias características qualidades materiais de tais indivíduos. Daí a escravidão.
        Vejamos, agora, o estadoem particular. O estado surge, pelo fato de ser o homem um animal naturalmente social, político. O estado provê, inicialmente, a satisfação daquelas necessidades materiais, negativas e positivas, defesa e segurança, conservação e engrandecimento, de outro modo irrealizáveis. Mas o seu fim essencial é espiritual, isto é, deve promover a virtude e, consequentemente, a felicidade dos súditos mediante a ciência.
        Compreende-se, então, como seja tarefa essencial do estado a educação, que deve desenvolver harmônica e hierarquicamente todas as faculdades: antes de tudo as espirituais, intelectuais e, subordinadamente, as materiais, físicas. O fim da educação é formar homens mediante as artes liberais, importantíssimas a poesia e a música, e não máquinas, mediante um treinamento profissional. Eis porque Aristóteles, como Platão, condena o estado que, ao invés de se preocupar com uma pacífica educação científica e moral, visa a conquista e a guerra. E critica, dessa forma, a educação militar de Esparta, que faz da guerra a tarefa precípua do estado, e põe a conquista acima da virtude, enquanto a guerra, como o trabalho, são apenas meios para a paz e o lazer sapiente.
        Não obstante a sua concepção ética do estado, Aristóteles, diversamente de Platão, salva o direito privado, a propriedade particular e a família. O comunismo como resolução total dos indivíduos e dos valores no estado é fantástico e irrealizável. O estado não é uma unidade substancial, e sim uma síntese de indivíduos substancialmente distintos. Se se quiser a unidade absoluta, será mister reduzir o estado à família e a família ao indivíduo; só este último possui aquela unidade substancial que falta aos dois precedentes. Reconhece Aristóteles a divisão platônica das castas, e, precisamente, duas classes reconhece: a dos homens livres, possuidores, isto é, a dos cidadãos e a dos escravos, dos trabalhadores, sem direitos políticos.
        Quanto à forma exterior do estado, Aristóteles distingue três principais: a monarquia, que é o governo de um só, cujo caráter e valor estão na unidade, e cuja degeneração é a tirania; a aristocracia, que é o governo de poucos, cujo caráter e valor estão na qualidade, e cuja degeneração é a oligarquia; a democracia, que é o governo de muitos, cujo caráter e valor estão na liberdade, e cuja degeneração é a demagogia. As preferências de Aristóteles vão para uma forma de república democrático-intelectual, a forma de governo clássica da Grécia, particularmente de Atenas. No entanto, com o seu profundo realismo, reconhece Aristóteles que a melhor forma de governo não é abstrata, e sim concreta: deve ser relativa, acomodada às situações históricas, às circunstâncias de um determinado povo. De qualquer maneira a condição indispensável para uma boa constituição, é que o fim da atividade estatal deve ser o bem comum e não a vantagem de quem governa despoticamente.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

BIOGRAFIA DE ARISTÓTELES

       Aristóteles nasceu em Estágira, uma colônia jônica localizada no reino da Macedônia, no norte da Grécia. Seu pai, Nicômaco, era médico do rei Amintas, e deu ao filho estrutura para construir e solidificar seus estudos.
      Jovem, ainda aos 17 anos, Aristóteles ingressou na Academia de Platão, em Atenas. Foi por lá que fez despertou a atenção de seu mestre, Platão, a ponto de substituí-lo após sua morte.
      Sua primeira esposa foi Pítias, irmã de Hérmias, que foi morto pelos persas. Após a morte de Hérmias, Aristóteles foi para Mitilene.
Depois que sua primeira esposa faleceu, o filósofo casou-se novamente com Hérpilis, com quem teve um filho chamado Nicômaco, a quem Aristóteles dedicou o livro “Ética a Nicômaco”.
      Em 343 se tornou o preceptor de Alexandre, filho do rei Macedônio Felipe II, e grande conquistador da época.
Com o assassinato do rei Felipe II, Alexandre assume o trono. Em 335 a.C. Aristóteles retorna para Atenas e, com a ajuda de Alexandre, o filósofo funda sua própria escola. Sua escola, em pouco tempo, se tornaria um renomado centro de estudos, dividido em diferentes especialidades.
     Mas, com a morte de Alexandre, em 323 a.C., houve um aumento do sentimento antimacedônico em Atenas. E, além disso, o partido nacionalista foi reativado por Demóstenes.
      Tudo isso deixou a situação de Aristóteles delicada. Foi acusado, assim como Sócrates, de impiedade e teve que se retirar de Atenas, deixando a Teofrasto sua escola.
      Morreu um ano depois de sua saída, acometido por uma doença estomacal.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Célula Vegetal e Animal


As células animal e vegetal são células eucariontes que se assemelham em vários aspectos morfológicos como a estrutura molecular da membrana plasmática e de várias organelas, e são semelhantes em mecanismos moleculares  como a replicação do DNA, a transcrição em RNA, a síntese protéica e a transformação de energia via mitocôndrias.
A presença de parede celular, vacúolo, plastídios e a realização de fotossíntese, são as principais características que fazem da célula vegetal diferente da célula animal. 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Variação Linguística

EE.ADVENTOR DIVINO DE ALMEIDA
Disciplina: Língua Portuguesa
Prof ª Daiane
Aluno(a):Jéssica Leticia  Nº22    1ºE


1. Leia atentamente o texto seguinte e, depois, responda às questões.

a) Como você acha que é o sertanejo do poema de Patativa do Assaré?
R: Do estilo caípira,que é o jeito do sertão.

b) Você conhece alguém que fale do mesmo modo que o sertanejo? De que região do Brasil é essa pessoa?
R: Sim. Do nordeste. 

c) Re-escreva na língua padrão os seguintes versos:
"Tem diproma e posição E estudou drne minino Sem perdê uma lição, Conhece o nome dos rios, Que corre inriba do chão,"
R: " Tem diploma e posição e estudou deste mínino sem perde uma lição, conhece o nome dos rios, que corre em cima do chão.

d) Como você imagina que é o "dotô" a quem o sertanejo dirige a palavra?
R: Uma pessoa estudiosa e que conhece tudo na cidade dele.

e) Quem fala "mais correto" o sertanejo ou o doutor? Justifique a sua resposta.
R: O doutor, porque os doutores sempre falam as coisas mais certas.

f) No Brasil existem contrastes tão grandes como o "dotô" e o sertanejo "coerento de frieira". Esse contraste é facilmente notado na maneira de falar dessas pessoas? Justifique.
R: Sim, porque tem pessos no Brasil que não falam corretamente.

g) Podemos encontrar no texto de Patativa duas variações lingüísticas. Assinale-as:

(x ) Variação social
(  ) Variação temporal
( x) Variação Regional